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Livros dos Reis I e II


TEMA CORRELATO: Antigo Testamento.

Os dois Livros dos Reis eram originalmente um só livro, mas foram divididos na Septuaginta. São colocados entre “os profetas” no cânon hebreu, naquele grupo de Escrituras que, por estarem  entre os primeiros profetas, eram conhecidos como os “antigos profetas”. Os escritos dos antigos profetas forma uma narrativa contínua que começa com a morte de Moisés e finaliza com o exílio. Josué é o primeiro livro na série e os Livros dos Reis são os últimos. Estes últimos foram escritos para salientar o ensino religioso da história nacional durante o período monárquico do reino e a ascensão de Salomão. O autor mostra o crescimento e a decadência do reino, indica as causas que originaram estes resultados, e destaca a grande importância das forças morais de caráter religioso (cp. 2 Rs 17). Sua narrativa cobre um período de mais de quatrocentos anos, e  consequentemente depende de historiadores anteriores na exposição dos fatos. Tira principalmente do “livro das crônicas dos reis de Israel” (1 Rs 14.19), até a morte de Pecá, e do “livro das crônicas dos reis de Judá” (29), até a morte do rei Jeoaquim. Acredita-se geralmente que estas crônicas eram originalmente, como os títulos sugerem, dois trabalhos separados. Eles então foram provavelmente reunidos em um só volume e constituiu a obra citada pelo cronista como o “livro dos reis de Judá e Israel” ( 2 Cr 16.11). Estas duas crônicas eram mais extensas do que os atuais Livros dos Reis, pois o escritor de Reis remete seus leitores a eles para maiores detalhes (1 Rs 14.19, 29), e o cronista cita porções que o escritor de Reis não faz (2 Cr 27.7; 33.18). Assegura-se comumente que estas duas crônicas não eram anais públicos, mas uma compilação de vários documentos. Esta opinião é baseada no fato de que escritos de vários profetas são mencionados como se houvessem sido inseridos no livro dos reis de Israel (2 Cr 20.34; cp. 32.32), que não poderia ter sido feito se o livro fosse o registro oficial do estado, acrescidos do dia a dia pelo escriba real. As crônicas duplas foram escritas antes da queda de Jerusalém; porque a frase “até este dia” refere-se, invariavelmente, até onde pode ser determinado, ao tempo quando a cidade e o templo existiam (1 Rs 8.8); e se não prova que o escritor dos atuais Livros dos Reis viveu antes do exílio, ao menos mostra que o escritor do livro citado sim. Se o escritor dos atuais Livros dos Reis começou seu trabalho antes da destruição de Jerusalém, ou não, ele não o completou senão depois dos anos médios do exílio babilônico (2 Rs 25.27). Ele talvez concluiu-o antes do fim do exílio, desde que o trabalho não contém nenhuma alusão à libertação do povo do cativeiro  babilônico. O autor interessa-se mais particularmente pela história da monarquia davídica. Como o autor do Gênesis, ele expõe questões subsidiárias antes de tratar do tema principal. Seguindo este método, ele registra acontecimentos relacionados a Israel antes de contar a história contemporânea de Judá. Isto leva-o às vezes a narrar o mesmo acontecimento em relação aos reinos do norte e do sul (1 Rs 15.16, 32; 2 Rs 17.5,6; 18.9). A obra divide-se em três partes. I. Reinado de Salomão (1 Rs caps. 1-11). II. Uma narração sincrônica dos reinos de Judá e Israel, até ao cativeiro de Israel (1 Rs 12 a 2 Rs 17). III. O reino de Judá até ao cativeiro de Babilônia (2 Rs 18). — (Dicionário da Bíblia de John D. Davis©


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