O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão | Estudos Espíritas

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ESDE — Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita — Programa Complementar

Módulo I — Vida no Mundo Espiritual

Roteiro 6


Esferas espirituais da Terra e mundos transitórios


Objetivo Geral: Propiciar conhecimentos da vida no Mundo Espiritual.

Objetivos Específicos: Identificar as principais características das Esferas espirituais. — Explicar o que são mundos transitórios.



CONTEÚDO BÁSICO


  • Conforme se ache este [o Espírito] mais ou menos depurado e desprendido dos laços materiais, variarão ao infinito o meio em que ele se encontre, o aspecto das coisas, as sensações que experimente, as percepções que tenha. Enquanto uns não se podem afastar da esfera onde viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos […]. Allan Kardec: O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo III, item 2.

  • O mundo espiritual […] para onde vamos após a morte, consiste de várias esferas, representando outros tantos graus de luminosidade e de felicidade; cada um de nós irá para aquela a que se adapta a nossa condição espiritual […]. Arthur Conan Doyle: História do Espiritismo. Capítulo I, p. 38.

  • O Espiritismo começou o inapreciável trabalho de positivar a continuação da vida além da morte, fenômeno natural do caminho de ascensão. Esferas múltiplas de atividade espiritual interpenetram-se nos diversos setores da existência. A morte não extingue a colaboração amiga, o amparo mútuo, a intercessão confortadora, o serviço evolutivo. As dimensões vibratórias do Universo são infinitas, como infinitos são os mundos que povoam a Imensidade. Emmanuel: Prefácio de Obreiros da Vida Eterna. p. 9.

  • Há, de fato […] mundos que servem de estações ou pontos de repouso aos Espíritos errantes? Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies de bivaques, de campos onde descansem de uma demasiado longa erraticidade, estado este sempre um tanto penoso. São, entre os outros mundos, posições intermédias, graduadas de acordo com a natureza dos Espíritos que a elas podem ter acesso e onde eles gozam de maior ou menor bem-estar. Allan Kardec: Livro dos Espíritos, questão 234.




SUGESTÕES DIDÁTICAS


Introdução:

  • Entregar, a cada participante, uma cópia do texto “A Lenda do Peixinho Vermelho” para leitura silenciosa. (Veja anexo)

  • Terminada a leitura, realizar breve interpretação do texto, pedindo à turma que indique os pontos mais significativos.


Desenvolvimento:

  • Em seguida, fazer uma ligeira explanação sobre as Esferas espirituais e os mundos transitórios, fornecendo uma visão panorâmica do assunto (Subsídios deste roteiro, itens 1 e 2).

  • Solicitar, então, à turma que se organize em pequenos grupos para leitura de uma das partes dos Subsídios; resumo, com base nas principais ideias do texto; apresentação do resumo por um relator indicado pelo grupo.

  • Observação: sugerimos, para a realização do trabalho em grupo, a seguinte distribuição de assuntos:

    Grupo 1. Leitura do subitem 1.1 dos Subsídios: Elementos constitutivos das Esferas espirituais.

    Grupo 2. Leitura do subitem 1.2: Condições ambientais das Esferas espirituais.

    Grupo 3. Leitura do subitem 1.3: Esferas espirituais nas regiões de trevas.

    Grupo 4. Leitura do subitem 1.4: Esferas espirituais no Umbral.

    Grupo 5. Leitura do subitem 1.5: Esferas espirituais de transição.

    Grupo 6. Leitura do subitem 1.6: Esferas espirituais superiores.

    Grupo 7. Leitura do item 2: Mundos transitórios.

  • Ouvir as apresentações, fazendo comentários pertinentes.


Conclusão:

  • Apresentar, em cartaz ou transparência, as seguintes palavras de Kardec, com respeito à situação dos Espíritos após a desencarnação: Enquanto uns não se podem afastar da esfera onde viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos […]. O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo III, item 2.

  • Fazer, a seguir, correlação das ideias aí contidas com a situação vivida pelas principais personagens da Lenda do Peixinho Vermelho.


Avaliação:

  • O estudo será considerado satisfatório, se os participantes apresentarem, no resumo, as principais características das diferentes esferas espirituais e dos mundos transitórios.


Técnica(s):

  • Leitura; interpretação de texto; exposição; estudo em grupo.


Recurso(s):

  • Texto: A Lenda do Peixinho Vermelho; Subsídios deste roteiro; cartaz / transparência com um trecho de O Evangelho segundo o Espiritismo.



 

SUBSÍDIOS


1. Esferas Espirituais da Terra

Ensina-nos Jesus: Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu vos teria dito, pois vou preparar vos o lugar, e quando for e vos tiver preparado o lugar, virei novamente e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também, e para onde vou, conheceis o caminho. (João, 14.2-4) Segundo a Doutrina Espírita, estas palavras de Jesus se aplicam tanto aos diferentes mundos habitados no Universo quanto aos planos evolutivos existentes no nosso planeta, objeto de estudo neste roteiro. Interpretando, porém, o ensinamento de Jesus podemos dizer que a […] casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos. Independente da diversidade dos mundos, essas palavras de Jesus também podem referir se ao estado venturoso ou desgraçado do Espírito na erraticidade. Conforme se ache este mais ou menos depurado e desprendido dos laços materiais, variarão ao infinito o meio em que ele se encontre, o aspecto das coisas, as sensações que experimente, as percepções que tenha. Enquanto uns não se podem afastar da esfera onde viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos; enquanto alguns Espíritos culpados erram nas trevas, os bem-aventurados gozam de resplendente claridade e do espetáculo sublime do Infinito; finalmente, enquanto o mau, atormentado de remorsos e pesares, muitas vezes insulado, sem consolação, separado dos que constituíam objeto de suas afeições, pena sob o guante dos sofrimentos morais, o justo, em convívio com aqueles a quem ama, frui as delícias de uma felicidade indizível. Também nisso, portanto, há muitas moradas, embora não circunscritas, nem localizadas. (1)

O Espírito André Luiz nos presta inúmeras informações sobre a vida no plano espiritual. Esclarece que são […] mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas esferas que se interpenetram. (24) Tais Esferas espirituais permanecem invisíveis ao ser humano encarnado, no atual estágio evolutivo em que nos encontramos, em primeiro lugar pelas naturais limitações biológicas da nossa visão física, segundo em razão do pouco desenvolvimento das nossas faculdades espirituais. (25)

Num esforço de síntese apresentamos, em seguida, as principais características das esferas espirituais existentes no além-túmulo.


1.1 Elementos constitutivos das Esferas espirituais

No Plano espiritual, o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um fluido vivo e multiforme, estuante e inestancável, a nascer lhe da própria alma, de vez que podemos defini-lo, até certo ponto, por subproduto do fluido cósmico, absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante à respiração, pelo qual a criatura assimila a força emanante do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma. Esse fluido é seu próprio pensamento contínuo, gerando potenciais energéticos com que não havia sonhado. Decerto que na esfera nova de ação, a que se vê arrebatado pela morte, encontra a matéria conhecida no mundo, em nova escala vibratória. Elementos atômicos mais complicados e sutis, aquém do hidrogênio e além do urânio, em forma diversa daquela que se caracterizam na gleba planetária, engrandecem-lhe a série estequiogenética [tabela estequiométrica ou Tabela periódica dos elementos químicos]. O solo do mundo espiritual, estruturado com semelhantes recursos, todos eles raiando na quintessência, corresponde ao peso específico do Espírito, e, detendo possibilidades e riquezas virtuais, espera por ele a fim de povoar se de glória e beleza […]. (8)


1.2 Condições ambientais das Esferas espirituais

Na moradia de continuidade para a qual se transfere, encontra, pois, o homem as mesmas leis de gravitação que controlam a Terra, com os dias e as noites marcando a conta do tempo, embora os rigores das estações estejam suprimidos pelos fatores de ambiente que asseguram a harmonia da Natureza, estabelecendo clima quase constante e quase uniforme [isto em se tratando das Esferas de mediana e superior evolução]. […] Plantas e animais domesticados pela inteligência humana, durante milênios, podem ser aí aclimatados e aprimorados, por determinados períodos de existência, a fim dos quais regressam aos seus núcleos de origem no solo terrestre, para que avancem na romagem evolutiva, compensados com valiosas aquisições de acrisolamento, pelos quais auxiliam a flora e a fauna habituais à Terra, com os benefícios das chamadas mutações espontâneas. As plantas, pela configuração celular mais simples, atendem, no plano extrafísico, à reprodução limitada, aí deixando descendentes que, mais tarde, volvem também à leira do homem comum […]. Ao longo dessas vastíssimas regiões de matéria sutil que circundam o corpo ciclópico do Planeta, com extensas zonas cavitárias, sob as linhas que lhe demarcam o início de aproveitamento, qual se observa na crosta da própria Terra, a estender se da superfície continental até o leito dos oceanos, começam as povoações felizes e menos felizes, tanto quanto as aglomerações infernais de criaturas desencarnadas que, por temerem as formações dos próprios pensamentos, se refugiam nas sombras, receando ou detestando a presença da luz. (9)


1.3 Esferas espirituais das regiões de trevas

Os Espíritos Superiores nos esclarecem que há […] esferas de vida em toda parte […], o vácuo sempre há de ser mera imagem literária. Em tudo há energias viventes e cada espécie de seres funciona em determinada zona da vida. (18) Chamamos Trevas as regiões mais inferiores que conhecemos. (17) São regiões (ou Esferas) espirituais situadas abaixo e na superfície do globo terráqueo, também conhecidas como abismo ou regiões abismais. (17) (22)

Transitando por essas regiões, em trabalho de auxílio, o Espírito André Luiz nos relata suas impressões sobre tais paragens espirituais: Noutras circunstâncias e noutro tempo, não conseguiria eu dominar o pavor que nos infundia a paisagem escura e misteriosa, à nossa frente. Vagavam no espaço estranhos sons. Ouvia perfeitamente gritos de seres selvagens e, em meio deles, dolorosos gemidos humanos, emitidos, talvez, a imensa distância… Aves de monstruosa configuração, mais negras do que a noite, de longe em longe se afastavam do nosso caminho, assustadiças. E embora a sombra espessa, observava alguma coisa da infinita desolação ambiente. Após alguns minutos de marcha, surgiu-nos a Lua, como bola sangrenta, através do nevoeiro, espalhando escassos raios de luz. Poderíamos identificar, agora, certas particularidades do terreno áspero. […] Atingimos zona pantanosa, em que sobressaía rasteira vegetação. Ervas mirradas e arbustos tristes assomavam indistintamente do solo. Fundamente espantado, porém, ao ladear imenso charco, ouvi soluços próximos. Guardava a nítida impressão de que as vozes procediam de pessoas atoladas em repelentes substâncias, tais as emanações desagradáveis que pairavam no ar. Oh! que forças nos defrontavam, ali! A treva difusa não deixava perceber minudências; todavia, convencera-me da existência de vítimas vizinhas de nós, esperando-nos amparo providencial. (21)


1.4 Esferas espirituais do Umbral

O Umbral […] começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos. (13)

Nas localidades umbralinas mais próximas da Crosta o clima é, predominantemente, frio pela ausência de luz solar. Ventania sopra em todas as direções. A topografia ambiental forma um conjunto de paisagens misteriosas ou lúgubres, que observamos em alguns filmes. Há picos altíssimos, que se assemelham a agulhas de treva. Nos precipícios e abismos encontramos esquisita vegetação. Aves de aspecto horripilante enchem o silêncio de pios angustiantes. (23)

O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrestre. […] O Umbral é região de profundo interesse para quem esteja na Terra. Concentra-se, aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior. […] Há legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem enviadas a Planos de elevação. Representam fileiras de habitantes do Umbral, companheiros imediatos dos homens encarnados, separados deles apenas por leis vibratórias. Não é de estranhar, portanto, que semelhantes lugares se caracterizem por grandes perturbações. (14) Lá vivem, agrupam-se, os revoltados de toda espécie. Formam, igualmente, núcleos invisíveis de notável poder, pela concentração das tendências e desejos gerais. […] É zona de verdugos e vítimas, de exploradores e explorados. […] A zona inferior a que nos referimos é qual a casa onde não há pão: todos gritam e ninguém tem razão. (15)


1.5 Esferas espirituais de transição

Estão situadas acima do Umbral e abaixo das regiões superiores. Como exemplo, citamos a Colônia espiritual “Nosso Lar”. Nela ainda existe sofrimento, mas os seus habitantes, de evolução mediana, são mais esclarecidos. Essa posição espiritual favorece a natureza, caracterizada por belezas e harmonias inexistentes nos Planos inferiores. A Colônia possui várias avenidas enfeitadas de árvores frondosas. O ar aí é puro, e a atmosfera é de profunda tranquilidade espiritual. Não há, porém, qualquer sinal de inércia ou de ociosidade, visto que as vias públicas estão sempre repletas de entidades numerosas em constantes atividades, indo e vindo. (11) O Espírito André Luiz nos relata as suas impressões do ambiente de Nosso Lar, quando lá chegou: O bosque, em floração maravilhosa, embalsamava o vento fresco de inebriante perfume. Tudo em prodígio de cores e luzes cariciosas. Entre margens bordadas de grama viçosa, toda esmaltada de azulíneas flores, deslizava um rio de grandes proporções. A corrente rolava tranquila, mas tão cristalina que parecia tonalizada em matiz celeste, em vista dos reflexos do firmamento. Estradas largas cortavam a verdura da paisagem. Plantadas a espaços regulares, árvores frondosas ofereciam sombra amiga, à maneira de pousos deliciosos, na claridade do Sol confortador. Bancos de caprichosos formatos convidavam ao descanso. (12) A Colônia, que é essencialmente de trabalho e realização, divide-se administrativamente em seis Ministérios, orientados, cada qual, por dozes ministros. São os Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina. Os quatro primeiros aproximam-se das esferas terrestres, e os dois últimos ligam-se ao plano Superior, visto que a cidade espiritual é zona de transição.

Os serviços mais grosseiros localizam-se no Ministério da Regeneração, e os mais sublimes, no da União Divina. (11)


1.6 Esferas espirituais superiores

Trata-se de regiões espirituais que, para as pessoas que desconhecem a realidade do além-túmulo, são consideradas verdadeiros paraísos. Exprimem, na verdade, […] diferentes graus de purificação e, por conseguinte, de felicidade. (7) André Luiz nos relata a inesquecível experiência vivida numa esfera espiritual para onde foi conduzido, durante o sono, enquanto o seu perispírito repousava no leito, em Nosso Lar. O que aconteceu com este amigo espiritual foi assim, segundo suas próprias palavras: Daí a instantes, sensações de leveza invadiram-me a alma toda e tive a impressão de ser arrebatado em pequenino barco, rumando a regiões desconhecidas. Para onde me dirigia? Impossível responder. A meu lado, um homem silencioso sustinha o leme. E qual criança que não pode enumerar nem definir as belezas do caminho, deixava-me conduzir sem exclamações de qualquer natureza, extasiado embora com as magnificências da paisagem. Parecia-me que a embarcação seguia célere, não obstante os movimentos de ascensão. Decorridos minutos, vi-me à frente de um porto maravilhoso, onde alguém me chamou com especial carinho:

André!… André!…

Desembarquei com precipitação verdadeiramente infantil. Reconheceria aquela voz entre milhares. Num momento, abraçava minha mãe em transborda­mentos de júbilo. Fui conduzido, então, por ela, a prodigioso bosque, onde as flores eram dotadas de singular propriedade — a de reter a luz, revelando a festa permanente do perfume e da cor. Tapetes dourados e luminosos estendiam-se, dessa maneira, sob as grandes árvores sussurrantes ao vento. Minhas impressões de felicidade e paz eram inexcedíveis. (16)

As esferas superiores, à semelhança das inferiores, apresentam diferentes graus de elevação espiritual. As comunidades redimidas, Asclépios, por exemplo, formam um conjunto do Plano dos Imortais. Estão situadas […] nas regiões mais elevadas da região espiritual da Terra. (19) O habitante dessas Esferas vive […] muito acima de nossas noções de forma, em condições inapreciáveis à nossa atual conceituação da vida. Já perdeu todo o contacto direto com a Crosta Terrestre e só poderia fazer-se sentir, por lá, através de enviados e missionários de grande poder. (20)


2. Mundos transitórios

São […] mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies de bivaques, de campos onde descansem de uma demasiado longa erraticidade, estado este sempre um tanto penoso. São, entre os outros mundos, posições intermédias, graduadas de acordo com a natureza dos Espíritos que a elas podem ter acesso e onde eles gozam de maior ou menor bem-estar. (2) A Doutrina Espírita esclarece: […] os Espíritos que se encontram nesses mundos podem deixá-los, a fim de irem para onde devam ir. Figurai-os como bandos de aves que pousam numa ilha, para aí aguardarem que se lhes refaçam as forças, a fim de seguirem seu destino. (3) Durante a estada nessas localidades os Espíritos progridem, porque os […] que vão a tais mundos levam o objetivo de se instruírem e de poderem mais facilmente obter permissão para passar a outros lugares melhores e chegar à perfeição que os eleitos atingem. (4)

Dois pontos merecem ser destacados, em relação a tais mundos. a) Não se conservam perpetuamente destinados a receber Espíritos errantes: a condição deles é meramente temporária. (5) b) Seres corpóreos não habitam esses mundos, pois a superfície estéril não favorece a reencarnação. Entretanto, esta esterilidade é também temporária, em razão da evolução natural do mundo. (6)

Temos, assim, no Espaço Incomensurável, mundos-berços e mundos-experiências, mundos-universidades e mundos-templos, mundos-oficinas e mundos­reformatórios, mundos-hospitais e mundos-prisões. (26) Dessa forma, a […] morte a ninguém propiciará passaporte gratuito para a ventura celeste. Nunca promoverá compulsoriamente homens a anjos. Cada criatura transporá essa aduana da eternidade com a exclusiva bagagem do que houver semeado, e aprenderá que a ordem e a hierarquia, a paz do trabalho edificante, são característicos imutáveis da Lei, em toda parte. Ninguém, depois do sepulcro, gozará de um descanso a que não tenha feito jus, porque “o reino do Senhor não vem com aparências externas” (Lucas, 17.20). (10)



 

ANEXO I


A Lenda do Peixinho Vermelho

(Emmanuel)



 

ANEXO II


Prece aos anjos guardiães e aos Espíritos protetores



Referências Bibliográficas:

1. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 124. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Capítulo III, item 2, p. 71-72.

2. Idem - Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 85. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004, questão 234, p. 157.

3. Id. - Questão 234a, p. 157-158.

4. Id. - Questão 235, p. 158.

5. Id. - Questão 236, p. 158.

6. Id. - Questão 236a; 236b, p. 158.

7. Id. - Questão 1017, p. 474.

8. XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Evolução em Dois Mundos. Pelo Espírito André Luiz. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Primeira parte, Capítulo 13 (Alma e fluidos) item: Fluido vivo, p. 119-120.

9. Id. - Item: Vida na Espiritualidade, p. 120-122.

10. XAVIER, Francisco Cândido. No Mundo Maior. Pelo Espírito André Luiz. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Prefácio de Emmanuel, p. 9.

11. Idem - Nosso Lar. Pelo Espírito André Luiz. 55. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo 8 (Organização de serviços), p. 55-59.

12. Id. - Capítulo 10 (No bosque das águas), p. 68.

13. Id. - Capítulo 12 (O Umbral), p. 79-80.

14. Idem, ibidem - p. 81.

15. Idem, ibidem - p. 82.

16. Id. - Capítulo 36 (O sonho), p. 232-233.

17. Id. - Capítulo 44 (As trevas), p. 291.

18. Idem, ibidem - p. 293.

19. Idem - Obreiros da Vida Eterna. Pelo Espírito André Luiz. 30. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo 3 (O sublime visitante), p. 59-60.

20. Idem, ibidem - p. 60.

21. Id. - Capítulo 6 (Dentro da noite), p. 102-103.

22. Id. - Capítulo 7 (Leitura mental), p. 143 - último parágrafo.

23. Idem - Os Mensageiros. Pelo Espírito André Luiz. 41. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Capítulo 15 (A viagem), p. 99.

24. Idem, ibidem - p. 100.

25. Idem, ibidem - p. 100-101.

26. Idem - Religião dos Espíritos. Pelo Espírito Emmanuel. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo: (Pluralidade dos mundos habitados), p. 220.


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