O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Vivendo sempre — Familiares diversos


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Paulo Roberto Cossi

MENSAGEM


1 Querida mãezinha Theresinha, abençoe-me.

2 A carta seria desnecessária. Ninguém pode negar que mães e filhos jamais se separam. Entretanto, mamãe, o amor é assim mesmo, sempre espera reafirmações, pois seu filho está nestas folhas de papel, trazendo o coração na ponta do lápis.

3 Primeiramente, quero agradecer os seus sacrifícios por nós. Entendo a luta que se formou, seu espírito de iniciativa e criatividade precisando sustentar-se no trabalho e o papai Geraldo ponderando quanto aos empeços.

4 Querida mãezinha, o assunto para seu filho é realmente curioso. Isso porque deve dividir a razão em partes iguais.

5 A senhora sabe: lecionar quase cem quilômetros de casa é um heroísmo que meu pai, cuidadoso por sua saúde e segurança, desejaria impedir… Por outro lado, o seu amor à família não encontra outra solução ao problema e continua de carro pela estrada afora, dia por dia, de maneira a preservar certas e compreensíveis vantagens para o futuro.

6 Compreendo o papai e não posso negar à senhora razão bastante para efetuar o seu próprio desejo. O tempo na Terra exige deslocamentos, esforço, empreendimento, coragem para sobreviver.

7 É assim que pediria ao querido papai Geraldo, proteger a máquina, tanto quanto possível, mesmo com o dispêndio dos recursos necessários a fim de assegurar-lhe paz em viagem, ao mesmo tempo que me cabe rogar a Jesus protegê-la em suas excursões obrigatórias.

8 Mãezinha, sei que a Paula auxilia. Entretanto, peço a você para que siga em marcha um pouco inferior aos oitenta quilômetros da tabela. Entendo, quem maneja um volante se preocupa muito mais com a oportunidade do que com o velocímetro, mas é preciso não esquecer que sai a serviço para o sustento justo do lar, até que alguma providência a situe em nossa Mococa ou mais próximo de casa. E todas as dificuldades prováveis devem ser podadas, antes que apareçam…

9 Como vê, querida mamãe, entre a senhora e meu pai Geraldo, o coração de seu filho está balançando, mas creia, em cada batimento o meu coração pede a Jesus amparar-nos e abençoar-nos em nossas tarefas.

10 Aproveito o ensejo para pedir ao papai confiança, tanto quanto rogo prudência à nossa Paula. E vamos seguindo, na certeza de que amanhã ou depois de amanhã, Deus nos concederá o melhor…

11 Papai é um homem carinhoso e reservado e saberá compreender-nos. Não apenas peço a ele, mas rogo a ele por nossa paz, igualmente à vovó Alzira e à nossa querida Lúcia.

12 Os obstáculos passam para a retaguarda, sempre que a gente se decida a caminhar para adiante.

13 A tia Lúcia ganhará muita serenidade esquecendo certas alfinetadas que a ferem por fora… E pensemos… O tio Estevez estará conosco em momento oportuno.

14 Hoje, tenho em minha companhia não somente o amigo Laurinho a quem o seu carinho me recomendou, mas também a vovó Clarice e a vovó Helena e diversos amigos do nosso amigo Professor João Cid Godoy.

15 Estamos em assembleia de amigos e conservo a certeza de que o papai Geraldo me compreenderá, facilitando a mobilização do carro em nosso favor.

16 De uma coisa fico certo: é melhor trabalhar e trabalhar firme, qual acontece com você, querida mãezinha, do que ficar no leito, a pensar entre quatro paredes, indagando para onde a doença nos poderá conduzir…

17 Tudo está bem. E depois de tudo, aguardo em Jesus que dentro de meses rápidos o problema do serviço estará solucionado. A senhora, efetivamente, não pode se desinteressar dos frutos de seu esforço, no plantio de tantas bênçãos em que a senhora tem sempre vivido.

18 Deus nos auxiliará, tenhamos fé. Não sei se debati a nossa questão doméstica vantajosamente, mas creia, mamãe, que estou escrevendo com todo o meu coração. Fique com Jesus e fique alegre. Não existe abandono da parte dos Céus; seremos amparados.

19 O desejo de prosseguir é grande, mas devo encerrar minhas notícias com lembranças a todos. Que a senhora seja sempre a fonte de compreensão e paz em nossa casa é tudo o que posso desejar de melhor para nós todos.

20 Peço ao papai Geraldo e à vovó Alzira para que me abençoem e, contando sempre com a sua bênção de amor em meus passos, beija-lhe as mãos queridas o filho sempre seu, sempre seu filho e companheiro de todos os momentos, no amparo de Deus que será nosso refúgio, agora como sempre, sempre o seu,


Paulinho. n


COMENTÁRIOS


Paulinho, na maneira delicada em dialogar com sua mãe e atento aos esforços despendidos por seus pais, em evidente preocupação, roga-lhes cuidados e coragem para os seus compromissos com a existência terrena. Alerta sua irmã Paula a agir com mais prudência nos caminhos da vida e a seus parentes, os pontos comuns do esclarecimento a cada um.

Reafirma-se com a presença do amigo Laurinho e Amigos Espirituais.


PESSOAS E FATOS


Paulo Roberto Cossi.

Nascimento: 13.7.1961. Desencarnação: 3.1.1978.

Pais: Geraldo Cossi e Theresinha Helena Beleli Cossi. Rua Jorge Nausel, 70, Mococa — SP.

Irmãos: Geraldo Cossi Júnior, desencarnado em 12.12.1976 e Paula Roberta Beleli Cossi.

Avós: Alzira Marobi Beleli, materna. Clarice Cossi, paterna, desencarnada.

Vovó Helena, desencarnada há mais de 40 anos.

Tios: José Benedito Estevez, Lúcia Beleli Estevez.

Lauro Basile Filho — Laurinho, amigo de seu irmão.

Prof. João Cid Godoy — Diretor do Grupo Cid Godoy, em Mococa, onde sua mãe cursou o primário. Desencarnado em 16.6.1951.


Rubens S. Germinhasi


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