O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Vereda de luz — Autores diversos


15


Trabalho e nós

1 Comum perguntarmos em que lugar estaria o Senhor esperando por nós, a fim de que lhe venhamos executar os desígnios.


2 No entanto, a resposta será sempre a mais simples — decerto que Ele nos aguarda o concurso precisamente onde nos achamos.


3 E, entendendo-se que o Amigo Sublime conta conosco, disponhamo-nos a atendê-lo, desincumbindo-nos da melhor maneira do dever que se nos atribui.


4 Principalmente, em lhe obedecendo as determinações, nada reclamar, de vez que isso nos colocaria na posição de quem estivesse acolhendo a vida como um fardo, ao invés de uma bênção.


5 Reconheçamo-nos na condição do servo a quem se confiam várias empreitadas na estância do tempo e despendamos maior atenção, a fim de penetrar o sentido destes dois advérbios de profunda significação espiritual: aqui e agora.


6 Aqui, é sempre o local a que o Senhor nos trouxe para a execução desse ou daquele serviço, neste justo momento.


7 Se apreendermos semelhante realidade, perceberemos, de pronto, a importância fundamental de uma opinião, de uma frase, de uma conversação, ainda mesmo a mais singela e a mais apagada.


8 E, compreendendo-se que acima daquilo que damos ou fazemos, importa saber como fazemos ou damos; é imperioso arredar de nós qualquer postura que pressuponha reprovação, cansaço, desânimo ou desprazer.


9 Guardemos naturalidade e lhaneza à frente dos outros. Caridade é também não constranger ou impressionar negativamente.


10 Sobretudo, não esperar que o Senhor esteja aguardando a nossa contribuição na galeria dos heróis ou na assembleia dos santos, quando provavelmente estará solicitando, aqui e agora, de nós outros, alguma tarefa aparentemente insignificante ou a prestação de pequenino favor ao próximo.


11 Não crer que Ele, o Benfeitor Excelso, estivesse a chamar-nos para falar em Seu Nome, tão somente, a personalidades famosas ou respeitáveis, e, se vemos pela frente um malfeitor ou um mendigo, compreender que esses irmãos menos felizes são as pessoas com as quais devemos tratar dos Interesses Divinos, na mais elevada expressão de nossos recursos.


12 Ninguém existe órfão de serviço e ninguém esquecido nas tabelas de nomeação do Governo do Universo para o levantamento das boas obras, necessárias no distrito da existência em que nos encontramos.


13 Para nós todos haverá salário pelo orçamento da Lei de Causa e Efeito e para cada obreiro fiel haverá segurança pelas dotações do Instituto da Providência Divina.


14 Observemos o nosso lugar de ação e saibamos aceitar sem relutância as obrigações que as circunstâncias nos determinem.


15 Então, compreenderemos, se soubermos obedecer, que o Senhor nos situa hoje na posição ideal para cooperar com Ele, no lugar próprio, com o trabalho mais adequado à nossa capacidade e ao lado dos amigos e companheiros absolutamente certos, com os quais conquistaremos, por fim, a certeza de que estamos recolhendo pela Sabedoria e pela Bondade da Vida, o melhor de que somos capazes, quanto a compreender e construir, aproveitar e fazer.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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