O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Chico Xavier: O Primeiro Livro — Autores diversos

Parte III — Chico Xavier: Psicografia

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Na imensidade

  1 Alma humana, alma humana, tu que dormes

  Entre os grandes colossos desconformes

  Da carne, essa voraz liberticida,

  Desse teu escafandro de albuminas,

  Em tua mesquinhez não imaginas

  A intensidade esplêndida da Vida!


  2 Inda não vês e eu vejo panoramas

  De luz em gigantescos amalgamas

  De sóis, nas regiões imensuráveis,

  Auscultando os espaços mais profundos

  Na sinfonia harmônica dos mundos,

  Singrando a luz de céus incomparáveis.


  3 Do teu laboratório de arterites,

  De gangliomas, úlceras, nevrites

  Ao lado de humaníssimas vaidades,

  Não podes perceber as ressonâncias,

  Quinta-essências de todas as substâncias

  Na fluidez das eletricidades.


  4 Aqui não há vertigens de nevróticos,

  Nem bisonhos aspectos de cloróticos

  Nas estradas de eternos otimismos!

  A vida imensa é coro de grandezas,

  Submersão nas fluídicas belezas,

  Envergando os etéreos organismos.


  5 Ante a minhalma fulgem ideogramas,

  Pensamentos radiosos como chamas,

  Combinações no Mundo das Imagens;

  São vibrações das almas evolvidas

  E que, concretizadas e reunidas,

  Formam luminosíssimas paisagens…


  6 Em pleno espaço — Imensidade de ânsias,

  Sem aritmologias das distâncias,

  Sem limites, sem número, sem fim!

  Deus e Pai, ó Artista Inimitável,

  Deixai meu ser esdrúxulo, execrável,

  No prolongado e edênico festim!


Augusto dos Anjos



Sessão de 09 de agosto de 1933.

Essa mensagem foi também publicada pela FEB e é o 12ª poema do 15º capítulo do livro “Parnaso de Além-Túmulo


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