O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Mais vida — Autores diversos — F. C. Xavier / Euríclides Formiga

PRIMEIRA PARTE

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Variações da mediunidade  n

(Médiuns e definições)

1 Médium de muita cultura
Que vive de lero-lero
Ou fica em zero de estaca
Ou retorna à estaca zero.


2 Mediunidade, a rigor,
Sobre a Terra, onde se estira,
É um talento que o Senhor
Empresta, aumenta ou retira.


3 Médium que deixa o serviço,
Falando em luta na estrada,
Entra em novo compromisso
E acha luta mais pesada.


4 Muito médium que começa
Estourando fantasias
Acaba sempre em promessa
Na brasa de poucos dias.


5 De minha longa jornada
Tenho esta nota do bem:
Mediunidade guardada
Não auxilia a ninguém.


6 O médium desenvolvido
Largando o arado que é seu,
Deixa o mundo, antes da hora,
No tempo que recebeu.


7 O médium que anda à-toa
E de si próprio envaideça
Pode ser boa pessoa
Mas tem mosca na cabeça.


8 Médium que sempre duvida
Vacilando a vida inteira
Parece gangorra viva
Na folha da bananeira.


9 Médium que nunca se apronta
Para servir por amor,
Um dia, fica por conta
De Espírito obsessor.


10 O médium sem disciplina
Que vive sempre em recreio
Tem pinta de caminhão
Quando está no desenfreio.


11 Grandes médiuns que conheço
Ao defini-los, não erro,
São cofres fartos de ouro
Com grandes trancas de ferro.


12 No intercâmbio entre os dois mundos,
Médium que não se degrade
Parece uma vela acesa
Nas sombras Humanidade.


Leandro Gomes de Barros



  [1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original. Vide nota de rodapé do capítulo 8 do livro Pétalas da primavera.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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