O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Instruções psicofônicas — Autores diversos


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Orando e vigiando

Na fase de tempo consagrada às instruções, em nossa reunião da noite de 26 de maio de 1955, a transfiguração do médium era mais sensível.

A breves momentos, soou, reconfortante e bem timbrada, a palavra do mentor que nos visitava. Esse amigo era o Dr. Guillon Ribeiro, n aquele digno orientador de nossa Causa, no Brasil, que, por muitos anos, foi o venerável Presidente da Federação Espírita Brasileira, e cujo devotamento à nossa Doutrina prescinde das nossas referências.

Sua palavra, na rápida passagem por nosso recinto, constitui elevada exortação ao desempenho dos deveres cristãos que nos cabem no Espiritismo, compelindo-nos a pensar mais detidamente na extensão de nossos compromissos.

Esclarecemos que esta é a primeira comunicação do Dr. Guillon Ribeiro, quer psicográfica ou psicofonicamente, através das faculdades do médium Xavier.

Grande foi, portanto, a nossa alegria em lhe recebendo a mensagem direta e agradecemos reconhecidamente a Jesus semelhante contato.


1 Meus irmãos, glorificada seja a Vontade de Nosso Pai Celestial.

2 Humilde companheiro vosso, incorporado à caravana dos obreiros de boa vontade, não por méritos que nos falham, mas sim por havermos recebido “acréscimo de misericórdia” que a infinita bondade do Senhor jamais recusa ao espírito desperto para as necessidades da própria regeneração, associamo-nos, hoje, às vossas orações e tarefas, deprecando as bênçãos de Jesus em nosso benefício, a fim de que não nos faleçam a energia e o bom ânimo, na empresa de socorro aos nossos irmãos que se brutalizaram depois da morte ou que, além dela, se fizeram infortunados seareiros do egoísmo e da crueldade, da violência e do ódio.

3 Ah! Meus amigos, quantos legionários da nossa grande causa, para gáudio da sombra geradora da discórdia, na hora grave que atravessamos, adormecem à margem dos compromissos assumidos, embriagados no ópio da indiferença, cegos para a missão do Espiritismo como o Paracleto n que nos foi prometido pelo Cristo de Deus, surdos para com a realidade que lhes brada emocionantes apelos ao trabalho do Evangelho, ou hipnotizados nas contendas antifraternas em que malbaratam os recursos que o Senhor nos empresta, convertendo-se, levianamente, na instrumentalidade viva da negação e das trevas!

4 Crendo brunir a elucidação doutrinária, traçam inextricáveis labirintos para as almas ainda inseguras de si e que se nos abeiram do manancial de consolações preciosas; e, supondo cultuar a verdade, apenas extravagam na retórica infeliz de quantos se anulam sob os narcóticos da vaidade, transformando a água viva da fé que lhes jorrava dos corações em fel envenenado de loucura e perturbação para si mesmos ou caindo sob os golpes desapiedados de nossos infelizes companheiros do passado, a nos acenarem de outras reencarnações e de outras eras.

5 Eis por que rogamos ao Senhor nos conserve naquela oração e naquela vigilância que exprimem o trabalho digno e a ardente caridade com que devemos honrar o altar de luta em que fomos chamados a servi-lo.

6 Crede que o Espiritismo é o restaurador do Cristianismo em sua primitiva e gloriosa pureza e que os espíritas sinceros são, por excelência, na atualidade, os cristãos mais diretamente responsáveis pela substancialização dos ensinamentos que o nosso Divino Mestre legou à Humanidade.

7 Procuremos, por isso, o nosso lugar de aprendizes e servidores e, compreendendo o valor da oportunidade e do tempo, ofereçamos nossas vidas à cristianização das consciências, começando por nós mesmos, suplicando ao pulcro Espírito de Nossa Mãe Santíssima nos ilumine a estrada para o aprisco do Divino Pastor.

8 Acordados, assim, para as obrigações a que nos entrosamos na obra de luz e amor, louvemos a bondade de Nosso Pai Celestial para sempre.


Guillon Ribeiro


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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