O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Hora certa — Emmanuel


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Assunto de perfeição

1 “Sede perfeitos, qual o nosso Pai Celestial.” ( † )

2 Essa afirmativa de Jesus, evidentemente correta diante da vida, nos impele a reconhecer que o Divino Mestre nos endereça o convite à perfeição, mas não estabelece data certa para o evento sublime.


3 Necessitamos, no entanto, observar que nós outros, inteligências em evolução, estamos na Terra na condição de Espíritos encarnados ou ainda vinculados ao planeta, na posição de Espíritos desencarnados, caminhando entre o nascer e o renascer, a fim de alcançarmos o celeste objetivo.


4 Matriculados no Orbe Terrestre, através dos séculos, nele dispomos da escola precisa ao nosso burilamento.

5 Para isso, a Divina Providência, mobilizando vários canais de manifestação, nos oferece o material de que carecemos para edificarmos a construção de nós mesmos, no encalço das finalidades supremas.


6 É assim que o fracasso nos sugere recapitulação e recomeço;
7 o sofrimento nos incita ao exercício da paciência;
8 a enfermidade no corpo nos induz à disciplina;
9 o tumulto nos compele à serenidade;
10 a injúria e outras modalidades da ofensa nos inclinam à tolerância e ao perdão;
11 a ignorância nos pede o apoio do esclarecimento;
12 as expressões de ódio com escalas pela cólera e pelo ressentimento nos conduzem ao amor que o próprio Cristo nos legou;
13 a inveja é um desafio à nossa capacidade de autossuperação;
14 a violência nos revela o imperativo da compaixão, com as providências justas para que se lhe extingam as demonstrações de crueldade;
15 a indiferença nos acena ao entusiasmo com que nos cabe encontrar o nosso próprio lugar no campo das boas obras;
16 a inércia nos chama às vantagens do trabalho;
17 e a própria malícia leciona discernimento, obrigando-nos a aprender seleção e reflexão.


18 Nem sempre aceitamos com facilidade as lições que nos são enviadas pela Sabedoria da Vida; tantas vezes, porém, recusaremos os ensinamentos da escola em que nos encontramos quantas voltaremos a faceá-los, agora ou no futuro, amanhã ou depois de amanhã. 19 E, enquanto se nos perdure a repetência, reconhecer-nos-emos na posição de aprendizes, reclamando paz. 20 Sem dúvida, usufruiremos a paz pela qual suspiramos, mas, em princípio, necessitamos observar que a paz alcançará, primeiramente, aqueles que souberem doá-la em benefício dos outros, sabendo passar sem ela.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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