O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Fonte viva — Emmanuel


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Apóstolos

“Porque tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens.” — Paulo. (1 CORÍNTIOS, 4.9)


  1 O apóstolo é o educador por excelência. Nele residem a improvisação de trabalho e o sacrifício de si mesmo para que a mente dos discípulos se transforme e se ilumine, rumo à Esfera superior.
2 O legislador formula decretos que determinam o equilíbrio e a justiça na zona externa do campo social.
3 O administrador dispõe dos recursos materiais e humanos, acionando a máquina dos serviços terrestres.
4 O sacerdote ensina ao povo as maneiras da fé, em manifestações primárias.
5 O artista embeleza o caminho da inteligência, acordando o coração para as mensagens edificantes que o mundo encerra em seu conteúdo de espiritualidade.
6 O cientista surpreende as realidades da Sabedoria Divina criadas para a evolução da criatura e revela-lhes a expressão visível ou perceptível ao conhecimento popular.
7 O pensador interroga, sondando os fenômenos passageiros.
8 O médico socorre a carne enfermiça.
9 O guerreiro disciplina a multidão e estabelece a ordem.
10 O operário é o ativo menestrel das formas, aperfeiçoando os vasos destinados à preservação da vida.


11 Os apóstolos, porém, são os condutores do Espírito.

12 Em todas as grandes causas da Humanidade, são instituições vivas do exemplo revelador, respirando no mundo das causas e dos efeitos, oferecendo em si mesmos a essência do que ensinam, a verdade que demonstram e a claridade que acendem ao redor dos outros. 13 Interferem na elaboração dos pensamentos dos sábios e dos ignorantes, dos ricos e dos pobres, dos grandes e dos humildes, renovando-lhes o modo de crer e de ser, a fim de que o mundo se engrandeça e se santifique. 14 Neles surge a equação dos fatos e das ideias, de que se constituem pioneiros ou defensores, através da doação total de si próprios a benefício de todos. 15 Por isso, passam na Terra trabalhando e lutando, sofrendo e crescendo sem descanso, com etapas numerosas pelas cruzes da incompreensão e da dor. 16 Representando, em si, o fermento espiritual que leveda a massa do progresso e do aprimoramento, transitam no mundo, conforme a definição de Paulo de Tarso, como se estivessem colocados pela Providência Divina nos últimos lugares da experiência humana, à maneira de condenados a incessante sofrimento, pois neles estão condensadas a demonstração positiva do bem para o mundo, a possibilidade de atuação para os Espíritos Superiores e a fonte de benefícios imperecíveis para a Humanidade inteira.


Emmanuel



Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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