O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Chico Xavier — Mandato de amor — Autores diversos — 2ª Parte


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Milênio segundo

1 Dez séculos são passados…

Bizâncio empalidecida

Transfere esplendor e vida

Ao poderio de Othão.

Desde o Grande Constantino,

O Ocidente, aos tempos novos,

Faz-se assembleia de povos,

Esperando a Paz em vão.


2 Há quem sonhe liderança

De nível superior…

Alguém que trouxesse amor

À construção do porvir;

Mas, entre os feudos altivos,

Irrompe Henrique Segundo,

Que grita, à face do mundo:

— “Conquistar ou destruir…”


3 O milênio começava

Tendo a Guerra por destino…

Crescêncio, Arnoldo e Arduíno

São ínclitos europeus;

Tramam ódios e batalhas,

Morrem, no entanto, esquecidos,

Hoje, heróis de tempos idos

Na pátina dos museus.


4 Pedro, o Eremita, aparece…

Iniciam-se as Cruzadas,

Nas Cortes e nas Estradas,

Ao brado de “Deus o quer…”

Viajam para a matança

Frederico, Godofredo…

Todo o Ocidente sem medo

Cede as vidas que tiver.


5 Após Francisco de Assis,

Destaca-se a Renascença;

Fulge o prodígio da Imprensa,

A Arte é brilho e elevação.

A América é um Mundo Novo,

Mas, entre o ouro e os conchavos,

Há milhões de homens escravos,

Rogando libertação!…


6 Clamando pelo Direito

Que a tirania extermina,

No cepo da Guilhotina

Pede a França novas leis;

Entretanto, Bonaparte,

Águia da força e do mando,

Passa, na Terra, formando

Tronos outros e outros reis.


7 Novos tempos, novas armas….

Nações alteram limites,

Há sinistros apetites,

Na Terra, no Mar, no Ar…

A vida suplica aos Homens:

— “Deus existe!… Sois cristãos.

Entrelaçai vossas mãos!…”

E os Homens gritam: “lutar!…”


8 Os Grandes conquistadores

Passaram a Nobre Arquivo,

Um só deles está vivo.

Espalhando amor e luz!…

Desde o Século Primeiro,

Esse Imortal Companheiro

É Jesus, sempre Jesus!…


Castro Alves



(Poema recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública beneficente do Centro Espírita União, em São Paulo, na noite de 5 de outubro de 1983. Fonte: “O Espírita Mineiro”, número 193, agosto/outubro de 1983.)


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