O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Antologia dos Imortais — Autores diversos — 2ª Parte


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Quirino dos Santos


FAÍSCA DE AURORA

1 Nas furnas mais hostis da mais hedionda terra,
Rugem forças da sombra em ódio abrasador;
São seres a renhir na encarniçada guerra n
Do remorso e do crime, em tremendo furor…


2 Acende a prece, em luz, que a bondade descerra,
Por faísca de aurora, inflamada em favor n
Do Espírito infeliz que às tênebras se aferra
A sufocar no peito as expansões de amor.


3 Quando a morte apunhala o coração da vida,
A alma que errou, no mundo, exora compaixão,
E um sudário de dor crepeia-lhe a partida…


4 Eleva o pensamento em santa vibração
E socorre a loucura e a mágoa desabrida
De quem não quer mais crer na bênção da oração!…


Francisco QUIRINO DOS SANTOS — Desde cedo se dedicou à leitura de poetas brasileiros e portugueses, e aos 12 anos estreou nas letras com uma sátira. Depois de formar-se, em 1863, pela Faculdade de Direito de S. Paulo, o poeta de “A Vida” tornou-se redator do Correio Paulistano, promotor público em Santos. Fundou, em 1869, a Gazeta de Campinas, órgão abolicionista e republicano. Membro correspondente da Sociedade de Geografia de Lisboa e sócio de quase todas as instituições culturais de S. Paulo. Foi ainda teatrólogo, crítico e romancista. Leopoldo Amaral apontou-o como “grande poeta, elegante jornalista, habilíssimo advogado”, um verdadeiro “meteoro vivo”, segundo a expressão de Francisco Glicério (apud L. Correia Melo, Dic. Aut. Paulistas, pág. 558). Era deputado provincial quando desencarnou. (Campinas, Est. de S. Paulo, 14 de Julho de 1841 — S. Paulo, Est. de S. Paulo, 6 de Maio de 1886.)

BIBLIOGRAFIA: Estrelas Errantes; A Nova Lonzã, romance; etc.



[1] Aliteração em rr.

[2] Aliteração em f.


(Psicografia de Waldo Vieira)


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