O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Antologia mediúnica do Natal — Autores diversos


Oferta de Natal

1 Senhor! Enquanto as melodias do Natal nos enternecem, recordamos também, ante o céu iluminado, a estrela divina que te assinalou o berço na palha singela!…

2 De novo, alcançam-nos os ouvidos as vozes angélicas: — Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!… ( † )

3 E lembramo-nos do tópico inesquecível da narrativa de Lucas: “Havia na região da manjedoura pastores que viviam nos campos e velavam pelos rebanhos durante a noite; e um anjo do Senhor desceu onde eles se achavam e a glória do Senhor brilhou ao redor deles, pelo que se fizeram tomados de assombro… O anjo, porém, lhes disse: não temais! eis que vos trago boas novas de grande alegria, que serão para todo o povo… É que hoje vos nasceu, na cidade de David, o Salvador, que é o Cristo, o Senhor.” ( † )


4 Desde o momento em que os pastores maravilhados se movimentaram para ver-te, na hora da alva, começaste, por misericórdia tua, a receber os testemunhos de afeição dos filhos da Terra.

5 Todavia, muito antes que te homenageassem com o ouro, o incenso e a mirra, expressando a admiração e a reverência do mundo, o teu cetro invisível se dignou acolher, em primeiro lugar, as pequeninas dádivas dos últimos!

6 Só tu sabes, Senhor, os nomes daqueles que algo te ofertaram, em nome do amor puro, nos instantes da estrebaria:
7 A primeira frase de bênção…
8 A luz da candeia que principiou a brilhar quando se apagaram as irradiações do firmamento…
9 Os panos que te livraram do frio…
10 A manta humilde que te garantiu o leito improvisado…
11 Os primeiros braços que te enlaçaram ao colo para que José e Maria repousassem…
12 A primeira tigela de leite…
13 O socorro aos pais cansados…
14 Os utensílios de empréstimo para que te não faltasse assistência…
15 A bondade que manteve a ordem, ao redor da manjedoura, preservando-a de possíveis assaltos…
16 O feno para o animal que devia transportar-te…


17 Hoje, Senhor, que quase vinte séculos transcorreram sobre o teu nascimento, nós, os pequeninos obreiros desencarnados, com a honra de cooperar em teu Evangelho Redivivo, pedimos vênia para algo ofertar-te… 18 Nada possuindo de nós, trazemos-te as páginas simples que tu mesmo nos inspiraste, os pensamentos de gratidão e de amor que nos saíram do coração, em forma de letras, em louvor de tua infinita bondade!

19 Recebe-os, ó Divino Benfeitor!, com a benevolência com que acolheste as primeiras palavras de respeito e os primeiros gestos de carinho com que as criaturas rudes e anônimas te afagaram na gloriosa descida à Terra!… 20 E que nós — Espíritos milenários fatigados do erro, mas renovados na esperança — possamos rever-te a figura sublime, nos recessos do coração, e repetir, como o velho Simeão, após acariciar-te na longa vigília do Templo: — “Agora, Senhor, despede em paz os teus servos, segundo a tua palavra, porque os nossos olhos viram a salvação!…” ( † )


Emmanuel


Uberaba, 25 de dezembro de 1966.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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